May 19, 2025
Será que nossa sociedade está tentando sentir cada vez menos?
Neste episódio, eu e Felipe Savietto conversamos sobre a crescente medicalização do sofrimento psíquico e o que ela pode estar dizendo sobre nosso tempo. Vivemos uma era em que o mal-estar parece precisar de um nome — um diagnóstico — e, tão logo ele é nomeado, vem a expectativa de um remédio que silencie o sintoma.
Felipe propôs uma imagem potente: estaríamos atravessando um tempo de “harmonização facial das emoções”. Uma época em que se espera que estejamos sempre bem, emocionalmente simétricos, com afetos contidos e esteticamente regulados. Mas o que acontece com a subjetividade quando o ideal é não sofrer, não oscilar, não angustiar?
Num mundo em que a informação e a desinformação circulam com a mesma rapidez, cresce a tendência de autodiagnóstico. Os sintomas — muitas vezes expressões legítimas do inconsciente — são rapidamente classificados como transtornos. E, sem espaço para escuta ou elaboração, a resposta imediata passa a ser o apagamento do sentir, por meio da medicação.
Não se trata aqui de negar o valor e a importância dos diagnósticos e dos psicofármacos quando bem indicados. A reflexão que propomos é outra: o que revela essa urgência em calar o sintoma? O que perdemos quando deixamos de interrogar o sofrimento e passamos a vê-lo apenas como algo a ser eliminado?
Apresentação: Vanessa Gazetta e Felipe Savietto
Edição e arte da vitrine : Anna HortaA
Música de abertura/BG: Riddim - Text Me Records _ Jorge Hernandez
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